EEEFMPP
MARIA DO CARMO DE MIRANDA – CEPES JP/7 Curso Magistério em Nível Médio na
Modalidade Normal
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO
INFANTIL/4ª Série/2014
Profª: Maria Zilma Andrezza
dos Santos
Conhecimento de mundo: Matemática
Conhecimento lógico-matemático
Desde o nascimento as crianças fazem
matemática, com independência da Escola ou adultos, pois em seu dia-a-dia
participam de diversas situações que envolvem números, relações entre quantidades,
noções sobre espaço, utilizando-se de recursos próprios e pouco convencionais.
Fazer matemática é, basicamente, expor idéias próprias, escutar as dos outros,
formular e comunicar procedimentos de resoluções de problemas, confrontar,
argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de
experiências não realizadas, aceitar “erros”, buscar dados que faltam para
resolver problemas. O trabalho
a ser desenvolvido com a matemática deve contribuir para a formação de cidadãos
autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas e
situações do seu cotidiano.
As
instituições de Educação Infantil podem ajudar as crianças a organizar melhor
as suas informações e estratégias, bem como proporcionar condições para aquisição
de novos conhecimentos e deve ser entendida como uma etapa de enriquecimento
cognitivo, afetivo e sociocultural. O
conhecimento é dinâmico e não é diferente com o conhecimento matemático: a
criança encadeia idéias e hipóteses para seriar, classificar, somar, subtrair.
As relações que permitem organizar, relacionar, agrupar e comparar não se
apresentam nos objetos em si, mas em operações (comparações, análises,
generalizações) que a acriança estabelece com os objetos.
As capacidades que se desenvolvem por meio dos
conteúdos matemáticos, trabalhados na escola classificam-se em três grupos:
1. Capacidade de apropriar-se das
linguagens formais com mais abstração da realidade (utilização de cifras,
de algarismos matemáticos para representar as situações de agrupar objetos);
2. Capacidade de abstração das propriedades
dos objetos ou de acontecimentos e de generalização de todas as situações,
nas quais se apresentem formação de conceitos por meio do ajuste da linguagem
verbal. Por exemplo, o conceito de redondo ou de pequeno, em um primeiro
momento, somente faz referência a um determinado objeto. Aos poucos, por
intermédio de experiências com materiais e situações diversas, a criança verá a
relação entre essa e outras formas e conceitos, até poder utilizá-los e
aplica-los a situações novas que tenham as características adequadas;
3. Capacidade de resolução de
situações-problemas que se apresentam, de buscar estratégias que permitam
apresentar a solução (compra e venda, jogos de carta em família, dominó).
Além de
oferecer um ambiente e/ou material variado e rico é preciso que o professor:
- Proponha
questões que apresentem pequenos problemas ligados ao nível do desenvolvimento
infantil;
- Dê
informações, relacione vivências semelhantes;
- Deixe os
alunos atuarem, proporem problemas e tentares resolvê-los;
As noções matemáticas são
construídas pelas crianças a partir das experiências proporcionadas pelas
interações com o meio, pelo intercâmbio com outras pessoas que possuem
interesses, conhecimentos e necessidades que podem ser compartilhados. Elas
fazem matemática ao contar pedrinhas, conchas, balas, quantas bolas de gude
possuem ou quantos pontos fizeram no jogo; levados à situação de comerciantes,
fazem cálculos complicados de custos e trocos com independência da escola ou
dos adultos.
O pensamento lógico-matemático é um
dos atributos do desenvolvimento cognitivo de cada um e não tem como ser
treinado. Não é algo ensinável, tem de ser construído internamente. Contudo, só
poderá ser construído se houver objetos externos instigantes, sobre os quais as
pessoas possam pensar, uma vez que as construções cognitivas, embora não sendo
espontâneas nem inatas, desenvolvem-se segundo alguns princípios.
Para que trabalhar?
- Aprofundar
e ampliar o trabalho, garantindo oportunidades para que a criança seja capaz
de:
- Reconhecer
e valorizar os números, as operações, as contagens numéricas orais e as noções
espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano;
- Comunicar
idéias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em
situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando
a linguagem oral e a linguagem matemática;
-
Estabelecer vários tipos de relação (comparação, classificação, ordenação,
seriação, expressão de quantidade), representações mentais, gestuais e
indagações, observação e formulação de hipóteses;
- Construir
o significado do número natural a partir de seus diferentes usos no contexto
social, explorando situações-problemas que envolvam contagens, medidas, códigos
numéricos e sistema monetário;
-
Desenvolver procedimentos de cálculo escrito, exato e aproximado, pela
observação de irregularidades e de propriedades das operações e pela
antecipação e verificação de resultados;
-
Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-se e delocar-se no
especo, bem como para identificar relações de posição entre objetos no espaço,
interpretar e fornecer instruções, usando terminologia adequada;
- Perceber
semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, combinando formas, fazendo
relações geométricas, em situações que envolvam descrições orais, construções e
representações;
-Saber
instituir e reconhecer grandezas mensuráveis como comprimento, massa,
capacidade de elaborar estratégias pessoais de medida;
- Utilizar
informações sobre o tempo e a temperatura;
- Utilizar
instrumentos de medida usuais ou não, estimar resultados e expressa-los por
meio de representações não necessariamente convencionais;
O que trabalhar?
– Os
conteúdos indicados para as crianças de quatro a seis anos apresentam-se de
forma crescente, dando atenção à construção de conceitos e procedimentos
lógico-matemáticos. Assim,
encontram-se divididos em: números e sistema de numeração, grandezas e medidas,
espaço e forma.
Números e sistema de numeração. Esse
bloco de conteúdos envolve contagem, notação e escrita numérica e as operações
matemáticas.
- Utilização
da contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças
reconheçam sua necessidade;
- Utilização
de noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver problemas;
-
Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a notação numérica
e/ou registros não convencionais;
-
Identificação de posição de um objeto ou número numa série, explicitando a
noção de sucessor e antecessor;
- Comparação
de escritas numéricas, identificando algumas regularidades.
Grandezas e medidas.
- Exploração
de diferentes procedimentos para comparar grandezas;
- Introdução
às noções de medidas de comprimento, de massa, de capacidade e de tempo, pela
utilização de unidades convencionais e não convencionais;
- Marcação
do tempo por meio de calendários;
-
Experiências com dinheiro em brincadeiras ou situações de interesse das
crianças.
Espaço e forma.
-
Explicitação e/ou representação da posição de pessoas e objetos, utilizando
vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas diversas situações,
nas quais as crianças considerem necessárias essas ações;
- Exploração
e identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras, como formas,
tipos de contornos, bidimensionalidade, tridimensionalidade, faces planas,
lados retos;
-
Representações de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
- Descrição
e representação de pequenos percursos e trajetos, observando pontos de
referência.
Como trabalhar?
- Observação
das diferenças quente, frio e outras características opostas, em situações
lúdicas, dirigidas ou em projetos de trabalho;
- Marcação
do tempo por meio de objetos como relógio, calendário e outros, convencionais
ou não;
-
Identificação de pontos referenciais como dia/noite, manhã/tarde, tarde/noite,
semana, meses;
-
Manipulação de objetos atribuindo-lhes valores e estabelecendo correspondências
de barato ou caro;
- Realização
de trocas no grande grupo ou em pequenos grupos, aprendendo a estabelecer
equivalências e diferenças;
- Utilização
do dinheiro em situações reais ou faz-de-conta, efetivando cálculos mentais ou
concretos, a fim de realizar o troco;
-
Representação, por meio de jogos e/ou brincadeiras, da posição das pessoas,
observando esquerdo-direita, em cima/embaixo, ao lado, lado direito/lado
esquerdo;
-
Participação em projetos de trabalho envolvendo reconhecimento de figuras
geométricas, formas e contornos, superfícies, bidimensionalidade,
tridimensionalidade;
-
Deslocamento nas brincadeiras orientadas, verbalizando posições e distâncias
nos percursos;
- Observação
no meio social, das formas geométricas existentes e das mais diversas funções
como: pisos, mosaicos, vitrais de igrejas, obras de arte, artesanato (cestas,
rendas de rede), e/ou de outras formas encontradas na natureza;
- Excursão
nas imediações da escola, exploração das diferentes formas, paisagens,
distâncias, numeração das casas ou dos prédios, localização e diferentes
caminhos para um percurso;
- Utilização
de mapas ou guias para anotações de distâncias e marcação de pontos
referenciais;
- Manuseio
de blocos lógicos em diversas situações: montagem de mosaicos, maquetes,
painéis, construções em miniaturas;
- Confecção
e/ou realização de atividades domésticas como receitas, envolvendo diferentes
unidades de medidas: tempo de cozimento, quantidade, dos ingredientes, litro,
quilograma, colher, xícara;
- Participação
em situações que envolvam compra e venda, representando valores de objetos em
situações reais ou não;
-Observação
e comparação com seus pares das diferenças existentes como: tamanho dos pés e o
número dos sapatos, altura, peso, número do manequim, idade;
- Resolução
de problemas desafiantes, envolvendo números e ou questões cotidianas;
-
Participação em brincadeiras envolvendo cantigas, rimas, lendas, e/ou parlendas
que se utilize de contagens e números, absorvendo conhecimentos como seqüência,
valor posicional;
-
Participação em projetos de trabalho, temas geradores ou similares, que favoreçam
os conceitos de soma, subtração, multiplicação e divisão, sempre no plano das
ações concretas.
Referências Bibliograficas:
Proposta Curricular
de João Pessoa - Educação Infantil;
MEC /Plano Nacional
de Educação;
MEC/Referencias
Curriculares da Educação Infantil;
OFICINA DE JOGOS DE MATEMÁTICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
ALUNAS CONCLUINTES DO MAGISTPERIO/4ªsérie
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