sábado, 23 de agosto de 2014

OFICINA DE JOGOS DE MATEMÁTICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. ALUNAS CONCLUINTES DO MAGISTPERIO/4ªsérie

                                        EEEFMPP MARIA DO CARMO DE MIRANDA – CEPES JP/7                                         Curso Magistério em Nível Médio na Modalidade Normal
        DISCIPLINA: EDUCAÇÃO INFANTIL/4ª Série/2014
             Profª: Maria Zilma Andrezza dos Santos
             Conhecimento de mundo: Matemática
            Conhecimento lógico-matemático

            Desde o nascimento as crianças fazem matemática, com independência da Escola ou adultos, pois em seu dia-a-dia participam de diversas situações que envolvem números, relações entre quantidades, noções sobre espaço, utilizando-se de recursos próprios e pouco convencionais. Fazer matemática é, basicamente, expor idéias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resoluções de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar “erros”, buscar dados que faltam para resolver problemas.             O trabalho a ser desenvolvido com a matemática deve contribuir para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas e situações do seu cotidiano.
            As instituições de Educação Infantil podem ajudar as crianças a organizar melhor as suas informações e estratégias, bem como proporcionar condições para aquisição de novos conhecimentos e deve ser entendida como uma etapa de enriquecimento cognitivo, afetivo e sociocultural.    O conhecimento é dinâmico e não é diferente com o conhecimento matemático: a criança encadeia idéias e hipóteses para seriar, classificar, somar, subtrair. As relações que permitem organizar, relacionar, agrupar e comparar não se apresentam nos objetos em si, mas em operações (comparações, análises, generalizações) que a acriança estabelece com os objetos.
             As capacidades que se desenvolvem por meio dos conteúdos matemáticos, trabalhados na escola classificam-se em três grupos:
1. Capacidade de apropriar-se das linguagens formais com mais abstração da realidade (utilização de cifras, de algarismos matemáticos para representar as situações de agrupar objetos);
2. Capacidade de abstração das propriedades dos objetos ou de acontecimentos e de generalização de todas as situações, nas quais se apresentem formação de conceitos por meio do ajuste da linguagem verbal. Por exemplo, o conceito de redondo ou de pequeno, em um primeiro momento, somente faz referência a um determinado objeto. Aos poucos, por intermédio de experiências com materiais e situações diversas, a criança verá a relação entre essa e outras formas e conceitos, até poder utilizá-los e aplica-los a situações novas que tenham as características adequadas;
3. Capacidade de resolução de situações-problemas que se apresentam, de buscar estratégias que permitam apresentar a solução (compra e venda, jogos de carta em família, dominó).
Além de oferecer um ambiente e/ou material variado e rico é preciso que o professor:
- Proponha questões que apresentem pequenos problemas ligados ao nível do desenvolvimento infantil;
- Dê informações, relacione vivências semelhantes;
- Deixe os alunos atuarem, proporem problemas e tentares resolvê-los;
            As noções matemáticas são construídas pelas crianças a partir das experiências proporcionadas pelas interações com o meio, pelo intercâmbio com outras pessoas que possuem interesses, conhecimentos e necessidades que podem ser compartilhados. Elas fazem matemática ao contar pedrinhas, conchas, balas, quantas bolas de gude possuem ou quantos pontos fizeram no jogo; levados à situação de comerciantes, fazem cálculos complicados de custos e trocos com independência da escola ou dos adultos.
            O pensamento lógico-matemático é um dos atributos do desenvolvimento cognitivo de cada um e não tem como ser treinado. Não é algo ensinável, tem de ser construído internamente. Contudo, só poderá ser construído se houver objetos externos instigantes, sobre os quais as pessoas possam pensar, uma vez que as construções cognitivas, embora não sendo espontâneas nem inatas, desenvolvem-se segundo alguns princípios.

Para que trabalhar?
- Aprofundar e ampliar o trabalho, garantindo oportunidades para que a criança seja capaz de:
- Reconhecer e valorizar os números, as operações, as contagens numéricas orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano;
- Comunicar idéias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática;
- Estabelecer vários tipos de relação (comparação, classificação, ordenação, seriação, expressão de quantidade), representações mentais, gestuais e indagações, observação e formulação de hipóteses;
- Construir o significado do número natural a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando situações-problemas que envolvam contagens, medidas, códigos numéricos e sistema monetário;
- Desenvolver procedimentos de cálculo escrito, exato e aproximado, pela observação de irregularidades e de propriedades das operações e pela antecipação e verificação de resultados;
- Estabelecer pontos de referência para situar-se, posicionar-se e delocar-se no especo, bem como para identificar relações de posição entre objetos no espaço, interpretar e fornecer instruções, usando terminologia adequada;
- Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, combinando formas, fazendo relações geométricas, em situações que envolvam descrições orais, construções e representações;
-Saber instituir e reconhecer grandezas mensuráveis como comprimento, massa, capacidade de elaborar estratégias pessoais de medida;
- Utilizar informações sobre o tempo e a temperatura;
- Utilizar instrumentos de medida usuais ou não, estimar resultados e expressa-los por meio de representações não necessariamente convencionais;

O que trabalhar?
– Os conteúdos indicados para as crianças de quatro a seis anos apresentam-se de forma crescente, dando atenção à construção de conceitos e procedimentos lógico-matemáticos.       Assim, encontram-se divididos em: números e sistema de numeração, grandezas e medidas, espaço e forma.
Números e sistema de numeração. Esse bloco de conteúdos envolve contagem, notação e escrita numérica e as operações matemáticas.
- Utilização da contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças reconheçam sua necessidade;
- Utilização de noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver problemas;
- Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a notação numérica e/ou registros não convencionais;
- Identificação de posição de um objeto ou número numa série, explicitando a noção de sucessor e antecessor;
- Comparação de escritas numéricas, identificando algumas regularidades.
Grandezas e medidas.
- Exploração de diferentes procedimentos para comparar grandezas;
- Introdução às noções de medidas de comprimento, de massa, de capacidade e de tempo, pela utilização de unidades convencionais e não convencionais;
- Marcação do tempo por meio de calendários;
- Experiências com dinheiro em brincadeiras ou situações de interesse das crianças.
Espaço e forma.
- Explicitação e/ou representação da posição de pessoas e objetos, utilizando vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas diversas situações, nas quais as crianças considerem necessárias essas ações;
- Exploração e identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras, como formas, tipos de contornos, bidimensionalidade, tridimensionalidade, faces planas, lados retos;
- Representações de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
- Descrição e representação de pequenos percursos e trajetos, observando pontos de referência.

Como trabalhar?
- Observação das diferenças quente, frio e outras características opostas, em situações lúdicas, dirigidas ou em projetos de trabalho;
- Marcação do tempo por meio de objetos como relógio, calendário e outros, convencionais ou não;
- Identificação de pontos referenciais como dia/noite, manhã/tarde, tarde/noite, semana, meses;
- Manipulação de objetos atribuindo-lhes valores e estabelecendo correspondências de barato ou caro;
- Realização de trocas no grande grupo ou em pequenos grupos, aprendendo a estabelecer equivalências e diferenças;
- Utilização do dinheiro em situações reais ou faz-de-conta, efetivando cálculos mentais ou concretos, a fim de realizar o troco;
- Representação, por meio de jogos e/ou brincadeiras, da posição das pessoas, observando esquerdo-direita, em cima/embaixo, ao lado, lado direito/lado esquerdo;
- Participação em projetos de trabalho envolvendo reconhecimento de figuras geométricas, formas e contornos, superfícies, bidimensionalidade, tridimensionalidade;
- Deslocamento nas brincadeiras orientadas, verbalizando posições e distâncias nos percursos;
- Observação no meio social, das formas geométricas existentes e das mais diversas funções como: pisos, mosaicos, vitrais de igrejas, obras de arte, artesanato (cestas, rendas de rede), e/ou de outras formas encontradas na natureza;
- Excursão nas imediações da escola, exploração das diferentes formas, paisagens, distâncias, numeração das casas ou dos prédios, localização e diferentes caminhos para um percurso;
- Utilização de mapas ou guias para anotações de distâncias e marcação de pontos referenciais;
- Manuseio de blocos lógicos em diversas situações: montagem de mosaicos, maquetes, painéis, construções em miniaturas;
- Confecção e/ou realização de atividades domésticas como receitas, envolvendo diferentes unidades de medidas: tempo de cozimento, quantidade, dos ingredientes, litro, quilograma, colher, xícara;
- Participação em situações que envolvam compra e venda, representando valores de objetos em situações reais ou não;
-Observação e comparação com seus pares das diferenças existentes como: tamanho dos pés e o número dos sapatos, altura, peso, número do manequim, idade;
- Resolução de problemas desafiantes, envolvendo números e ou questões cotidianas;
- Participação em brincadeiras envolvendo cantigas, rimas, lendas, e/ou parlendas que se utilize de contagens e números, absorvendo conhecimentos como seqüência, valor posicional;
- Participação em projetos de trabalho, temas geradores ou similares, que favoreçam os conceitos de soma, subtração, multiplicação e divisão, sempre no plano das ações concretas.

Referências Bibliograficas:
Proposta Curricular de João Pessoa - Educação Infantil;
MEC /Plano Nacional de Educação;
MEC/Referencias Curriculares da Educação Infantil;

                                                            João Pessoa, Maio 2014- MZAS

                            OFICINA DE JOGOS DE MATEMÁTICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
                                               ALUNAS CONCLUINTES DO MAGISTPERIO/4ªsérie
                                                                             




















                                                                                    

                                                                                

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